Precisamos ir além da Empatia

Você já ouvir dizer que Empatia é sentir o que o outro sente?
Esta frase não define a totalidade do que é realmente a empatia. Podemos definir empatia de maneira mais completa assim como sentir o que outra pessoa está sentindo ou entender o que ela está pensando. Eu gosto de definir como um meio para compaixão, durante o texto você vai entender melhor porque digo isso.
A empatia é uma habilidade de fábrica, já nascemos com ela instalada, cientificamente o processo pode ser explicado pelos neurônios espelhos. Esses neurônios fazem nosso cérebro interpretar e reproduzir dentro dele mesmo tudo o que vemos no outro — ou que vemos acontecer com o outro. Por exemplo, imagina que uma discussão acabou de acontecer e você entra na sala, o clima, os aspectos, os comportamentos dos outros te atingem, é isso.
Mas não é apenas sobre sentir, podemos observar a empatia por duas perspectivas, primeiro a cognitiva: entender ou imaginar o que o outro está pensando e afetiva: compartilhar do mesmo sentimento que o outro.
Apenas entender o que o outro pensa, pode se tornar um gatilho de manipulação.
Já apenas sentir o que o outro está sentindo, pode não nos fazer bem.
Então cuidado, é necessário equilíbrio.
Como o título diz, precisamos ir além da empatia, não digo que ela não é importante, muito pelo contrário, acredito muito nela como uma habilidade a ser desenvolvida por nós diariamente, que nos ajuda a criar conexões mais profundas e verdadeiras.
Mas me diz uma coisa, nos dias que estamos vivendo, basta apenas entender as pessoas e sentir o que elas estão sentindo? Ou você acha que precisamos fazer algo a respeito?
Se você é visual como eu, esse gráfico vai te ajudar a entender.
Ele mostra o próximo passo, o que vem depois da Empatia. A compaixão. O mover.
Como diz Matthieu Ricard, “Quando o amor altruísta encontra o sofrimento do outro por meio da empatia, ele se torna compaixão.”
Quanto mais esforço gerado, mais compreensão e engajamento temos, tendo assim um movimento em direção ao outro, nesta etapa, entra a compaixão, o último grau de demonstração de amor.
É uma evolução que necessita do nosso esforço, é uma habilidade que temos que desenvolver para o próximo, não em uma busca de ser melhor que o outro, mas ser melhor para o outro.
um dos maiores exemplos que temos de compaixão no mundo, foi Jesus, olhe essa passagem do Novo Testamento, Evangelho de Mateus:
“… Jesus passou por todas as cidades e vilas da região. Ele ensinava nas sinagogas, onde o povo costumava se reunir, apresentando as notícias do reino, curando os doentes e restaurando vidas marcadas pelo sofrimento. Ver as multidões diante de si lhe fazia doer o coração (empatia , sentia o que eles sentiam). Teve compaixão (se moveu para ajudar) delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor.” (Mateus 9:35–36)
A empatia foi o meio, ele sentiu, compreendeu, se engajou e agiu.
A Cooltivo nasce baseada no movimento da compaixão, entendemos que as empresas são formadas por pessoas, com capacidade empática e com desejo de fazer o bem. A sociedade, por seu lado, de pessoas com necessidades e problemas urgentes a serem resolvidos, é nessa intersecção que atuamos, engajando marcas e pessoas a causas em comum.
Acreditamos que fazer e falar é muito mais poderoso que mensagens vazias, acreditamos no papel da comunicação criativa e na colaboração para deixar uma transformação positiva na sociedade.
Isso não é apenas um texto, mas um convite, um convite a construirmos um mundo melhor juntos, vamos?
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Conteúdos e Referências:
Este texto do que me ajudou na reflexão:
A Revolução da Empatia | Tati Fukamati
Reinventando os CEOs: o Diretor Executivo de Empatia | Greta Rossi